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Solenidade do Corpo de Deus

O Reitor do Santuário de Santa Rita, Padre Samuel Guedes, presidiu à celebração da Solenidade do Corpo de Deus. Num momento de desconfinamento, foram centenas as pessoas que acorreram a este Santuário para orar a Santa Rita e celebrar em comunidade o Corpo de Deus.

Transcrevemos um excerto da homilia proferida pelo Reitor do Santuário, na qual refletiu o tema “A Igreja vive da Eucaristia”.

Foi com estas palavras que o Papa S. João Paulo II nos deixou a sua encíclica sobre a Eucaristia. A solenidade do “Corpo de Deus” está intimamente ligada à Quinta-Feira Santa, na qual se celebra solenemente a instituição da Eucaristia: “Tomai, isto é o Meu corpo… Isto é o Meu sangue” (Mc 14, 22-24).

Na tarde de Quinta-Feira Santa atualizamos o mistério de Cristo que se oferece a nós no pão partido e no vinho derramado; o dia de hoje, na festa do Corpo de Deus, este mesmo mistério é proposto à adoração e à meditação de todo o Povo de Deus. É como experimentar um convite para voltarmos ao cenáculo, o lugar do nascimento da Igreja (Cf. Ecclesia de Eucaristia, 5).

É o dia de viver uma grande gratidão a Deus, contemplando-O. Contemplando o Seu rosto eucarístico, como fizeram os Apóstolos e, mais tarde, os santos de todos os séculos. Aprendendo a contemplá-lO como Maria, a “mulher eucarística”. Ela  foi “o primeiro “tabernáculo da história” (Cf. EE, 55).

Hoje queremos professar, com muita alegria, que “vivemos da Eucaristia”. Vivem da Eucaristia: o Santo Padre, os Bispos, os Presbíteros, os Religiosos e as Religiosas, os leigos consagrados e todos os batizados.

É esta Igreja, bela e adornada, que canta: “Ave, verum corpus natum de Maria Virgine”: Oh, verdadeiro Corpo de Cristo, nascido da Virgem Maria!

(Pe Samuel Guedes, Reitor do Santuário de Santa Rita)

Mobilizados contra todas as pandemias

Aos Sacerdotes e Diáconos
e a todos os fiéis da Diocese do Porto

Na sua providência amorosa e paterna, o nosso Deus concedeu-nos a graças de se reunirem as condições para voltarmos a celebrar a nossa fé de maneira comunitária e retomarmos a vida económico-social em condições relativamente normais. Damos-Lhe graças por isso. Levaremos a dimensão religiosa muito a sério e aproveitaremos esta circunstância que abalou o mundo para tentar corrigir aspetos que necessitam de humanização, especialmente no campo das relações familiares e sociais e na economia.

A pandemia que vivemos e continua aguda em muitas partes do mundo deixou enormes situações de pobreza e debilitou ainda mais os que já eram débeis. Infelizmente, como sabemos, a pobreza nunca esteve ausente do nosso contexto social. Mas a situação que vivemos, além dos abalos na saúde e vida de tantos, fez enormes estragos, entre outros, na sustentabilidade financeira de muitas pessoas e de famílias inteiras. A fome é uma realidade!

Movidos pela consciência pessoal e, ainda mais, pela responsabilidade originada na fé, cada um, cada uma, de acordo com as suas circunstâncias e possibilidades, procure responder, como ser humano e como cristão, a esta emergência social. Esta pandemia da pobreza e das dificuldades de todo o género, ao contrário da virológica, não se combate com isolamento social mas com a proximidade pessoal, afetiva e efetiva.

Temos de pensar no nosso contexto local e nacional, mas, porventura, também a nível internacional. O Coronavírus está a causar imenso sofrimento em muitas partes do mundo. Porém, até agora, parece ter-se disseminado mais entre os «ricos» da Europa e América do Norte. Mas se atinge África, em força? Teremos de nos comprometer com esses que, de forma habitual, já são os mais pobres dos pobres.

Entre nós, estão a surgir iniciativas belíssimas, certamente motivadas pelo Espírito de Deus que faz “novas todas as coisas” (Ap 21, 5). Por exemplo, a responsabilidade de famílias que «adotam» ou «apadrinham» outras, quer economicamente, quer na proximidade que afasta a solidão, a violência doméstica, o desânimo, etc. Não será este um modelo a generalizar? Sejamos generosos. Pensemos nos outros, pois, pensar somente em nós, é egoísmo.

Sem querer instrumentalizar este apelo, também não se esqueça que a família paroquial – a paróquia, com as suas estruturas e servidores – está, em muitos casos, entre estes necessitados. O confinamento, nas casas como nas paróquias, não pagou compromissos assumidos. Estejamos atentos, também, a estas necessidades.

Finalmente, seja-me permitido relembrar o que já tinha sugerido: já que não se vão realizar as festas patronais de verão, não se poderia encaminhar os dinheiros que se pensava gastar com elas para as grandes necessidades sociais, concretamente para os sem-abrigo, destino indicado pela nossa Diocese para a partilha quaresmal?

O vosso bispo e irmão,

+Manuel, Bispo do Porto

Imagem de Nossa Senhora de Fátima nas ruas do Porto

A procissão da luz, que acontece anualmente na cidade do Porto, tem este ano um novo “modo de acontecer”. A cidade do Porto volta a acolher a imagem de Nossa Senhora de Fátima.

No dia 31 de maio de 2020, às 20.30h, a imagem percorrerá várias ruas da “Cidade da Virgem”. Fará cinco paragens, uma por cada mistério do terço que se recitará. Acompanhará a imagem D. Manuel Linda, bispo do Porto, que no final da oração de cada mistério, abençoará a população local.

Benção das rosas – Festa de Santa Rita

Hoje, 22 de maio de 2020, celebrou-se a Festa de Santa Rita e a benção das rosas. A presidir à celebração esteve D. Manuel Linda, Bispo do Porto, acompanhado pelo Padre Samuel Guedes – Reitor do Santuário de Santa Rita – Ermesinde, e pelo padre D. Avelino Leite, transmitida nas redes sociais. (ver aqui)

A igreja do Santuário foi decorada com 477 rosas vermelhas, simbolizando as 477 paróquias da diocese do Porto. Mais que um símbolo, pretendia representar cada comunidade da diocese, neste dia tão feliz quanto angustiante, porquanto o olhar absorvia os lugares vazios dos bancos, que em outros anos estavam preenchidos e a afluência à celebração obrigava a providenciar espaço e tecnologia para que todos os peregrinos pudessem participar na festa de Santa Rita. “Cada flor é uma comunidade de fé. Celebro convosco, por vós e e por todas as vossas intenções“.

Todos os medos que vivemos, nesta pandemia em particular, e nos dramas do dia a dia em geral, “trazemo-los até aqui, ao altar”. D. Manuel Linda ressalvou a presença de Deus em cada um de nós referindo que o “Senhor está connosco. Esta é a certeza da nossa fé. Estamos tristes com o que vivemos agora, mas havemos de cantar Aleluias“.

Destacou a vida de Santa Rita em “quatro virtudes”: a “Humildade (Santa Rita quase que se “apagou” de si própria para “o outro luzir”), a Caridade (Santa Rita distinguia-se pelos pequenos gestos para com as irmãs do convento e mesmo para com as pessoas fora do convento; mantinha sempre um sorriso muito característico, mesmo se com dor vivesse), a Oração (o seu refúgio e a sua esperança sempre foi a oração) e a Penitência (toda a vida de Santa Rita foi a de um penitente, aceitando-a e entregando o seu sofrimento nas mãos de Deus”.

A rosa ganha um significado especial neste santuário de Santa Rita. Nas palavras do Bispo do Porto, “a rosa representa a beleza da santidade e ser santo é belo. Quanto mais inseridos estamos na vida de Deus, mais santos somos”.

Na benção final elevou-se a relíquia de Santa Rita.

Tal como Santa Rita, não nos deixemos abater. “A alegria e a esperança sobrepõem-se ao abatimento”.

Centenário de São João Paulo II

D. Pio Alves, Bispo auxiliar do Porto, presidiu à celebração eucarística de ação de graças a São João Paulo II, no centenário do seu nascimento. A celebração não acolheu entreparedes a habitual multidão de fiéis. Foi transmitida em direta nas redes sociais (Facebook – veja aqui).

“São João Paulo II teve uma vida longa vivida ao serviço do mundo”, refere D. Pio Alves no início da celebração. E o segredo está em escancarar as portas a cristo, sempre com a presença de Maria, Virgem Santíssima.

Refere, ainda, que “todos estamos chamados a anunciar as maravilhas do Senhor. Todos. Sem exceção. Sem exceção e em todas as circunstâncias.” Na vida não há “parêntesis”. O que hoje vivemos não é um parêntesis. “É a vida real. Aqui e agora.”. Acrescenta, ainda: “Deixemos que Cristo entre nas nossas vidas. Todos”.

A soleira da entrada desta porta é o amor. E é com base neste amor que “Pedro responde: Sim, amo. Independentemente das nossas fragilidades, das nossas angústias, Deus ama-nos”.

“A cruz faz parte da biografia de São João Paulo II.” Façamos caminho com ele.

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São João Paulo II: Não tenhais medo

“Irmãos e Irmãs: não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder! E ajudai o Papa e todos aqueles que querem servir a Cristo e, com o poder de Cristo, servir o homem e a humanidade inteira! Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo! Ao Seu poder salvador abri os confins dos Estados, os sistemas econômicos assim como os políticos, os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso! Não tenhais medo! Cristo sabe bem ‘o que é que está dentro do homem’. Somente Ele o sabe!” (São João Paulo II)

Papa Francisco celebrou hoje, dia 18 de maio de 2020, segunda-feira, na Basílica de São Pedro, na Capela onde se encontra o Túmulo do São João Paulo II. A celebração revestiu-se de elevado simbolismo. Wojtyla não foi apenas um homem. Não foi apenas o Papa. Nas palavras do Papa Francisco, São João Paulo II revelou-nos a presença do Deus que tantas vezes esquecemos. As suas armas eram a “oração, a proximidade às pessoas e um sentido pleno de justiça que jamais se pode separar da misericórdia”.

(citações retiradas de Vatican News)

Solenidade de Nossa Senhora . 13 de maio de 2020 .

No dia 13 de maio de 2020, pelas 21.00h, recitou-se o terço no Santuário de Santa Rita, em Ermesinde, alargado a todo o mundo através da rede social Facebook (Facebook do Santuário de Santa Rita). O pensamento esteve na mensagem de Nossa Senhora de Fátima e no seu maternal afeto por todos os seus filhos. À sua proteção colocámos os sofrimentos e aflições de todos nós, partilhando consigo as nossas alegrias. Seguiu-se um momento de adoração ao Santíssimo.

Rezemos o terço todos os dias, como nos pediu a mãe do céu.

Deus é proximidade, verdade e esperança

Num tempo conturbado como o que vivemos, tenhamos a força de coração e a serenidade da alma para acreditar que Deus, pelo Seu filho Jesus, está próximo de cada um de nós, como nos diz o Santo Padre: “Estou próximo de vós, está é a verdade”. Não se trata de uma proximidade demagógica, mas concreta na vida de cada um. Na hora da dificuldade, que o nosso coração não se perturbe, que permaneça em paz, naquela “paz subjacente a toda consolação”, porque o Senhor prometeu-nos que “porque eu virei e pela mão vos levarei para onde eu estarei’.”

 

Na homilia do Papa Francisco é-nos dito: no “diálogo de Jesus com os discípulos se dá à mesa, ainda, na ceia (conf. Jo 14,1-6), Jesus está triste e todos estão tristes: Jesus disse que seria traído por um deles (conf. Jo 13,21) e todos percebem que algo de ruim aconteceria. Jesus começa a consolar os seus: porque um dos ofícios, “dos trabalhos” do Senhor é consolar. Na verdade,  O Senhor consola os seus discípulos e aqui vemos como é o modo de consolar de Jesus. Nós temos muitos modos de consolar, dos mais autênticos, dos mais próximos aos mais formais, como aqueles telegramas de pesar: “Profundamente contristado por…” Não consola ninguém, é uma finta, é a consolação de formalidade. Mas como o Senhor consola? É importante saber isso, porque também nós, quando em nossa vida devemos passar momentos de tristeza, aprendemos a perceber qual é a verdadeira consolação do Senhor.

E nessa passagem do Evangelho vemos que o Senhor consola sempre na proximidade, com a verdade e na esperança. São os três traços da consolação do Senhor. Com proximidade, jamais distante: estou eu. Aquela palavra: “Estou eu, aqui, convosco”. E muitas vezes em silêncio. Mas sabemos que Ele está presente. Ele sempre está presente. Aquela proximidade que é o estilo de Deus, também na Encarnação, fazer-se próximo de nós. O Senhor consola na proximidade. E não usa palavras, aliás: prefere o silêncio. A força da proximidade, da presença. E fala pouco. Mas é próximo.

Um segundo traço da proximidade de Jesus, do modo de consolar de Jesus, é a verdade: Jesus é verdadeiro. Não diz coisas formais que são mentiras: “Não, fique tranquilo, tudo passará, nada acontecerá, passará, as coisas passam…” Não. Diz a verdade. Não esconde a verdade. Porque Ele mesmo nesta passagem diz: “Eu sou a verdade” (conf. Jo 14,6). E a verdade é: “Eu vou embora”, isto é: “Eu morrerei” (conf. vers. 2-3). Estamos diante da morte. É a verdade. E diz isso simplesmente e também o diz com mansidão, sem ferir: estamos diante da morte. Não esconde a verdade.

E este é o terceiro traço: Jesus consola na esperança. Sim, é um momento difícil. Mas “Não se perturbe o vosso coração (…) Tende fé em mim também” (vers. 1). Digo-vos uma coisa, assim diz Jesus – “Na casa de meu Pai há muitas moradas. (…) Vou preparar um lugar para vós” (vers. 2). Ele por primeiro vai abrir as portas, as portas daquele lugar através do qual todos passaremos, assim espero: “Voltarei novamente e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais também vós” (vers. 3). O Senhor volta toda vez que alguém de nós está em caminho para ir embora deste mundo. “Voltarei e vos levarei”: a esperança. Ele virá e nos tomará pela mão e nos levará. Não diz: “Não, vós não sofrereis, não é nada…” Não. Diz a verdade: “Estou próximo de vós, está é a verdade: é um momento difícil, de perigo, de morte. Mas não se perturbe o vosso coração, permanecei naquela paz, aquela paz subjacente a toda consolação, porque eu virei e pela mão vos levarei para onde eu estarei’.”

Original de Vatican.news

Não há noite que não se possa enfrentar com Jesus

Na vida estamos sempre em caminho, com Jesus ao nosso lado. O nosso rumo cria e transforma o nosso caminho. E este caminho transforma-nos, fortalece-nos e reforça a nossa vida. E não estamos sós. “Escolhamos o caminho de Deus, não o caminho do eu; o caminho do ‘sim’, não o dos ‘se’. Descobriremos que não há imprevisto, não há subida, não há noite que não se possa enfrentar com Jesus.”

Rezemos a Maria, por intermédio de Santa Rita, nossa “Mãe do caminho, que acolhendo a Palavra de Deus fez de toda sua vida um ‘sim’ a Deus, nos indique o caminho”. Não esqueçamos que Nossa Senhora está ao lado do seu Filho que, com o Pai, ilumina os caminhos mais sinuosos dos nossos tempos.

Ouça na íntegra as palavra do Santo Padre.