O Santo Padre, hoje, retomando a presidência nas celebrações eucarísticas na Casa Santa Marta, referiu a urgência de não esquecermos a humildade de coração e o outro que está ao nosso lado, ao contrário do que o “mundo de hoje” nos incita.
Transcrevemos alguns excertos comunicados pela Agência Ecclesia:
“O Papa Francisco recordou hoje na sua homilia o apóstolo São João Batista e pediu para dizer “não ao espírito do mundo”, que “faz esquecer o que é o pecado”.
“Jesus, na Última Ceia não pede ao Pai para tirar os discípulos do mundo”, porque a vida cristã está no mundo, “mas para protegê-los do espírito do mundo, que é o contrário”, disse.
Francisco sublinhou que “pior que cometer um pecado” é não saber “distinguir o bem do mal”.
“O espírito do mundo faz esquecer o que é o pecado”, advertiu.
O Papa contou ainda que um sacerdote lhe mostrou um vídeo de cristãos que festejavam o ano novo numa cidade turística, num país cristão, “numa mundanidade terrível, desperdiçando dinheiro e tantas coisas”.
““Isso é pecado? – Não, caro: isso é corrupção, pior que o pecado. O Espírito Santo leva a Deus e, se alguém pecar, o Espírito Santo protege-o e ajuda-o a levantar-se, mas o espírito do mundo leva-o à corrupção, a um ponto tal que não sabe distinguir o que é bom e o que é mau: é tudo a mesma coisa, é tudo igual”, referiu.
O conselho do Papa Francisco é perguntar “uma, duas vezes por dia, ou quando se sente que algo vem à mente: Esta coisa que eu sinto, que quero fazer, de onde vem? Do espírito do mundo ou do Espírito de Deus? Isto vai fazer bem-me ou vai levar-me pelo caminho da mundanidade que é a inconsciência?”.
Francisco aconselhou ainda a um exame de consciência para avaliar “como está o coração”, para que este seja o ponto de encontro com Deus.
“O que é que eu tive vontade de fazer, de pensar? Qual é o espírito que se moveu no meu coração? O Espírito de Deus, dom de Deus, o Espírito Santo que me leva sempre ao encontro com o Senhor ou o espírito do mundo, que me distancia do Senhor”, sugeriu.”
SN (in Ecclesia)